< Manual do Espaço e do Tempo: novembro 2005

30 novembro 2005

Ponto Tangente


Vida leva-me… mata-me… vida friamente te ensino não se brinca com os sentimentos… Não faças com que te amem se não amas!.... Lamento não consigo continuar…tentarei mais tarde…

S.T.N.
foto:Alexandre in www.olhares.com

29 novembro 2005

Acaso...




Para mim o acaso é como um mistério… mas é diferente….claro…. o acaso surpreende-me, já o mistério deixa-me curiosa… os dois alimentem me de maneiras diferente… gosto do diferente… é original…natural…simples oposição ao habitual… é como sentir as varias direcções do vento em segundos… surpreende nos… como o jogo do quarto escuro… não sabemos onde estamos, nem quem encontramos… é a união do acaso com o mistério! É bom parar no cruzamento de ruas, fechar os olhos, dar umas quantas voltas sobre o próprio eixo corporal e em seguida deixar o corpo pender naturalmente… abrimos os olhos e seguimos o acaso e o mistério! É uma sensação extraordinária… vale a pena correr o risco de passar por louco… o acaso é a indefinição do espaço e do tempo… é imprevisível… como simples magia…partindo do nada…aparece…
O acaso habita o vazio… o vazio habita em mim… quando o acaso regressa a origem vem vazio…por isso o que me habita é vazio…eternamente será vazio! Esperança tenho que o acaso me traga mistério, pois assim algo me habitava e alimentava…me dava sentido aparente a vida! Espero pela surpresa do acaso…

S.T.N.

28 novembro 2005

Ironia...


Nayakatir escreveu:

"Não! Tu é que perdeste uma oportunidade de estar calada.

O Olhares.com é um site de fotografia logo eu fiz um comentário á fotografia,
não há autora da mesma.
Para além disso, se alguém pode dizer alguma coisa é a autora, não tu!
E parece que o meu comentário não está mal, visto que mais ninguém comentou a
fotografia e pelas 7 votações que tem, não conseguiu mais do que 1 estrela e
meia.

Em segundo lugar eu não me identifico nas fotografias como sendo eu porque não é
isso que me interessa. O que me interessa é a fotografia em si, não se sou eu ou
outra pessoa qualquer.
Para tua informação aquele comentário onde digo que não sou eu foi feito para
parar de receber e-mail, tal como lá digo.
Por isso mesmo apaguei os teus comentários.
Se os quizeres fazer de novo espero bem que não voltes a tocar no assunto de ser
eu ou não. Ou então mando um e-mail á administração do site a pedir para eles
acabarem com isto.

E o meu nome é Anabela, não é Ana Bela!

Pelo menos a Filipa teve o bom senso, como qualquer pessoa decente, de responder
na fotografia e pronto!!
Fica descansada que para a próxima vejo se a fotografia é tua ou dela antes de
fazer os comentários!"

27 novembro 2005

Porta para o Paraíso...



Espero que assim seja a tua entrada...pois assim a desejo e imagino...

S.T.N.

26 novembro 2005

Desenho na memória...


Vai ser estranho entrar naquela casa... e ver a cadeira vazia! Entrar e não ouvir a tua voz velha e sabia de experiência a resmungar atrás de mim! Vou ter saudades de ouvir as tuas histórias mais velhas que tu...que oiço desde criança e que continuavas a contar apesar de ser quase adulta! Vou ter saudades do teu ser perspicaz, esperto e inteligente!
Do teu sentido de humor apurado que nos fez rir tantas vezes a gargalhada até chorar!
Vou ter saudades do teu bom coração que tantas vezes me compreendeu e ajudou! De ralhares comigo por fazer “aquela coisa”(como lhe chamavas) no queixo e na barriga, dizias que fazia mal e nem percebias o porquê! Sim, vou ter saudades de andares atrás de mim a puxares me a blusa para baixo para tapar a barriga, porque era feio andar com a barriga a mostra, dizias tu! Vou sentir falta da mulher forte, corajosa, inteligente que eras! De olhar para os olhos e para o olhar mais bonito que já vi!! Dói-me na alma, não te ter dito uma última palavra! Dói-me na alma, ter permitido ser como foi! Dói-me na alma, saber que não poderia fazer nada! Não consigo imaginar o meu mundo sem a tua presença! Custa me ver a hipocrisia das pessoas para com o teu ser! Fingir que te amam e só te davam “pontapés”! Fizes-te parte da minha infância, do meu crescimento como ser humano! Grata te ficarei por isso! Ficaria horas a fio…a descrever o quanto importante foste! Na minha memória ficaras sempre, tal como ele também! Porque apesar de ninguém se aperceber, era muito importante para mim…e muitas vezes o recordo! Grande foi a tua vida! E grande te irei recordar! Até um dia...

S.T.N.

Sonhar-te...



Sonhar-te....
Quem me dera…que não passa-se de um simples sonho…de uma simples imaginação da realidade…
Meu ser utópico…simples demais para profanar! És simples perfeição da natureza…
És um sonho inexistente…irrealmente puro e ingénuo… Meu ser limitado, sonha-te… noite após noite…cria-te e alimenta-se…sem pecado…
Ligo-te a momentos…fragmentos de melodias retidas na minha memória…sonho-te incansavelmente… Todo o dia espero pela chegada da noite…na esperança de que o acaso cruze os nossos caminhos…
Sonho…fantasio! Desejo enrolar-te comigo na vida…espiralmente vivo-te…sem fim…na esperança do fim do infinito…sem tempo, nem espaço…sonho que o meu próprio sonho se realize… Deixa-me sonhar-te!
Viro costas a vida…pois agora vou sonhar…na esperança de te encontrar…

S.T.N.
Foto: Marília Campos

25 novembro 2005

Conversa com a Chuva...voltar a ouvir-te....


Sinto falta do teu murmúrio... de ouvir as tuas lágrimas... não me temas... como poderia profanar-te...? És pura e misteriosa revelação da natureza... Passou tão pouco e saudades tenho do teu sussurro...que me adormeceu...que me fez cair subtilmente como uma pena, sobre a água das tuas lágrimas... fixes-te me flutuar como um anjo...
não me deixes cair como uma lágrima no mundo... não deixes que me evapore...alimenta-me...permite-me saciar com as tuas lágrimas...
Tanto te peço e tão pouco te dou… perdoa me...mas tão pequena sou junto a ti! Dou-te as minhas lágrimas ténues e frias...
Que daria para voltar a ouvir-te murmurar... choro e sinto-te em mim... subtilmente volto a ouvir-te...voltas-te a murmurar-me...oiço-te ao longe...lentamente a minha alma adormece com o teu sussurro...agradeço-te este sono tranquilo...

S.T.N.
foto:Gilberto Junior

22 novembro 2005

Dança...


O que sera esta febre, capaz de se apoderar de qualquer criatura e agita-la ate ao frenesim, senao a manifestaçao, muitas vezes explosiva do Instinto da Vida, que apenas aspira a rejeitar toda a dualidade do temporal para reencontrar de uma so vez a unidade primeira em que corpos e almas, criador e criaçao, visivel e invisivel se encontram e se fundem fora do tempo, num so extase?
A dança proclama e celebra a identificaçao com o imperecivel.

in Dicionario dos Simbolos
foto:Luis Vieira

21 novembro 2005

*

Conversa com a Chuva...

Oiço a chuva lá fora. Oiço o seu choro. Em sintonia estamos… Mas as minhas lágrimas são silenciosas, ninguém as ouve, ninguém as vê, ninguém as sente a escorrerem na face. Dolorosas são, como se fossem cristais, que caem e se partem no chão que piso. O caminho que percorro fragmenta-se em desilusões.
Desejos tenho, em sentir calor e cheiros, que a memória desenha e a mente imagina. Queria te aqui comigo. Nem que fosse para te olhar! Para me ajudares a dormir…há semanas que não durmo! Que não te olho! Que não te cheiro! Que não sinto calor humano! A chuva vai acalmando o seu choro…só quero acalmar o meu….
Impulsivamente escuto-a! Murmura-me… conta-me os seus segredos, os seus medos… canta-me uma melodia tristemente! O seu mundo é mau como o meu! Os sonhos cor-de-rosa são raros e os pesadelos abundantes. Como te percebo misteriosa revelação da Natureza. Sinto cada gotinha a cair me na face e a percorrer-me as veias. Tenho medo do veneno dessas lágrimas! Os momentos morrem lentamente… Horas ficam retidas na memória…dizem-me os relógios que no espaço ficam suspensos. Lá fora a chuva acalma-se… Lentamente me vai murmurando o saciar de cada gota. Uma por uma, silenciosamente se cala… abandonando-me.

S.T.N

17 novembro 2005

=

&

Pedes que te descreva uma dor sentida!
oh..as palavras..
..nunca te transmitiram na totalidade o que senti...
Pois encontrei-me tão escura..
Tão negra..

O poço onde me encontrei era escuro,
E logo a ironia surgiu..
Ninguém reparou na minha falta..
Parece que ninguém sentiu, só eu..

S.T.N.

16 novembro 2005

(

%

“…
Encostado ás vidraças
Da parede do coração
Senti os teus passos
Ressoando na escuridão.
Desenhei na memória
O bordado das sensações experimentadas.”


João Carlos Abreu

15 novembro 2005

!

06 novembro 2005

Caixinha de Surpresas...

Gosto de apanhar a minha sombra, de andar a chuva e sentir o vento, adoro rir à gargalhada, tenho medo do escuro e de fantasmas, gosto de enrolar papelinhos, adoro simbologia, pormenores e coisas simples, adoro quando a lua sorri para mim, gosto de falar sozinha, adoro dançar e pintar (principalmente com as mãos), gosto de coisas excêntricas, de plumas e coisas do tipo, gosto de vermelho escarlate, costumo ser extremamente observadora, adoro levantar a sobrancelha e fazer cara de má, adorava ser a branca de neve ou a sininho do peter pan, gosto de olhares fortes e fixantes, gosto da lasanha da minha mama, e de acabar as frases com reticencias, adoro fazer parvoíces e pintar as unhas de vermelho, gosto de uma boa noite de borga, adoro contar as estrelas e pedir lhes desejos, andar sem destino e perder me para depois orientar me, adoro fumar e fazer bolinhas com o fumo, gosto de engatar e olhar para o infinito, amo quando me arrepio a dançar, gosto de histórias e de ser criança, de ouvir pessoas mais velhas, de mexer o café e pensar na vida, gosto de interpretar sonhos, de misticismo e coisas esotéricas, conversas longas e de cumplicidade, adoro flutuar na agua e criar personagens de mim própria, adoro a multidão e o mundo, gosto de usar chapéus, gosto de cortar o cabelo a mim própria, adoro tudo o que é fofinho....e que m surpreendam... amo a natureza e os animais... adoro fotografia...e ver o por ou o nascer do sol com boa companhia... gosto de sonhar...inventar...e fazer coisas nos horas mais impróprias...como mudar o quarto as 3h da manhã :) ...e... e...etc...etc...
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